sábado, 30 de outubro de 2010

Halloween - A Festa do Dia das Bruxas

Não tenho certeza se é só em Bogotá, ou em toda Colômbia, mas na capital é possível ver muitas influências da cultura estadunidense, ou norte-americana, como preferirem. Uma das marcas dessa ligação com os EUA é a comemoração do Halloween.

Durante o mês de outubro as vitrines de várias lojas são decoradas com o tema, são feitos doces alusivos, as lojas vendem fantasias e a celebração é bastante esperada. Lendo a respeito da tradição da festa dá pra perceber que pouco restou do motivo inicial da comemoração, que é de origem Celta. Nossa amiga Wikipedia fala a respeito. Sendo festa pagã, cristã, com motivo deturpado ou não o povo por aqui veste a fantasia e vai pra rua, sem pensar muito nos ancestrais, eu acho...

Na sexta-feira várias escolas comemoram, os alunos podem ir fantasiados. Vi também cartazes de várias festas que devem acontecer hoje à noite. No jornal de ontem à noite, que falava sobre o evento, mostrou o secretário da saúde de Bogota, Héctor Zambrano, vestido de Homem-Aranha. Ele passou a tarde pelos corredores da secretaria pedindo doces e fazendo travessuras.

Este ano, como dia 31 cai em um domingo, e dia 1º é feriado, será um feriadão de comemorações. As pessoas passam alguns dias fantasiadas e comendo doces, conhecendo o Carnaval, e a Páscoa, fiz uma rápida associação às duas festas.


Desde que chegamos percebi a presença da decoração de Haloween e fui fazendo fotos, um registro estrangeiro da festa. Hoje vamos sair à tarde, provavelmete vamos ver crianças e adultos fantasiados. Prometo fotos!

Loja de fantasias
Loja de doces no shopping Andino

Decoração no shopping Unicentro

No shopping El Retiro, o mais chiquetoso, não tinha decoração nenhuma, mas de alguma maneira o Halloween está presente. Vitrine de uma loja de bijus finas
Caixa de chocolates vendida no Carulla, essa vem com um pouquinho da história sobre o dia

Torta salgada com carinha de abóbora, usando a imaginação dá pra ver né?!

Por via das dúvidas, compramos um saco de balas, se alguém bater aqui em casa perguntando "Trick or Treat" ou "Truco o Trato" (doces ou travessuras) prefiro oferecer a balinhas, isso se sobrar, pq elas são bem gostosas ;)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Reprogramação mental

Algumas pessoas, incluindo eu, são alérgicas à mesmice. Enjoam rápido das coisas, trocam várias vezes de emprego, vivem mudando o cabelo. Isso não é insatisfação, isso é gostar de mudanças, de desafios. Nada, até hoje, tinha desafiado tão bem a minha capacidade de adaptação.

Mudar de país é uma coisa interessantíssima. Quem me conhece sabe que falo bastante, aqui ainda não consigo falar as coisas que eu quero/penso em espanhol, por isso, ouço mais. E não é só o idioma diferente, tudo é diferente. A maneira como as pessoas se portam é diferente, a comida é diferente, os valores podem ser diferentes, até a máquina de lavar é diferente... Se pra algumas pessoas isso pode assustar, a mim, está ensinando.

Um exemplo bem simples desta adaptação é a nossa cozinha, bem menos equipada do que a brasileira. Na nossa casa a cozinha tem microondas, super kitchen machine revolution – que só não faz dinheiro – grill, cafeteira, enfim, esses eletros que acostumamos. Aqui tem o fogão, um miniforno elétrico, o liquidificador e deu. É inevitável comparar nossa vida de hoje com a que minha mãe viveu quando casou. Uma forte lembrança que tenho das noites na casa da minha mãe é ela pensando no almoço do dia seguinte e tendo que tirar a carne do congelador. O Isac e eu decidíamos na hora de fazer a comida, abríamos o congelador, pegávamos a carne escolhida, ela ia pro microondas e no máximo 15min depois já estava na panela. Só que sem microondas isso não é possível, estou tendo que praticar aquilo que mães fazem, tirar a carne na noite anterior... E quem disse que eu lembro????

Ontem aconteceu algo que me fez rir por um bom tempo. Já que nunca lembro da incapacidade de descongelar a carne na hora que eu quero, resolvi colocar um bilhetinho na porta da geladeira...




O Isac viu minha idéia sendo executada e disse que colocar um lembrete no celular seria mais eficiente. Tenho certeza que sim, afinal, sempre que preciso lembrar de algo importante é na agenda do celular que anoto e ele me lembra, melhor memória impossível. Acontece que sou meio teimosinha e deixei só no papelzinho mesmo. Só que o papel não tem alerta né, muito menos vibra. Para ser lembrado por um bilhete é preciso, pelo menos, ver o bilhete...
A última vez que entrei na cozinha ontem foi antes das 19h. Lá pelas 22h estávamos no quarto falando com a família pelo Skype o Isac foi buscar qualquer coisa na cozinha e voltou dizendo que tinha um recadinho pra mim lá na cozinha. Na hora comecei a rir. Primeiro pensei: “recadinho pra mim? na cozinha???” Aí lembrei, claro, o lembrete de tirar a carne... Aí ri mais ainda. Fui até a cozinha, fiz o que tinha que ser feito, voltei pro quarto e botei um lembrete no celular, assim eu garanto que teremos almoço com uma proteína nos próximos dias.

Acredito que a maior experiência, e o maior ensinamento, é sair do automático. É isso que estamos vivendo aqui.

Outro exemplo prático também envolve almoço, o de ontem. Queria comer frango à milanesa (que pra mim é a especialidade gastronômica da minha mãe). Só que além do frango, e de ovo, precisava de farinha de rosca. Não sabia se ia encontrar no mercado e lembrei que já ouvi várias vezes que para fazer farinha de rosca só precisa de pão adormecido. Uma rápida consulta ao moderníssimo pai dos necessitados, Google, confirmou. Eu precisaria de um liquidificador e pão. Tive certeza que era meu dia de sorte, pão adormecido eu tinha (que por sinal fazia cinco dias que estava dormindo em cima da geladeira ¬¬), liquidificador eu também tinha!!



Eu ainda me surpreendo com algumas coisas, em alguns minutos tinha um montão de farinha de rosca, juro, fiquei bem feliz!

Com a farinha de rosca, o ovo e o frango fiz o almoço, que ficou bem parecido com o da mãe, ótimo!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Uma quarta-feira que começou despretensiosa...

Nos tempos que as vacas gordas pastavam na grama lá de casa, há umas duas décadas, minha mãe contava com a ajuda semanal de uma faxineira, dona Neusa, acho que era esse o nome dela. Na época não dava a menor atenção pra isso, afinal meu dia se dividia entre brincar pelo condomínio e ir pra escolinha.

Na nossa casa em Palhoça, por mais que nutrisse a esperança de ter alguém pra fazer uma boa faxina em casa uma vez por semana, não deu tempo de contar com uma profissional da limpeza. Aqui em Bogotá temos a dona Benita, que foi quem nos recebeu no ap. Ela veio praticamente no pacote, alugamos um ap e “ganhamos” uma limpeza semanal. Como ela já trabalha aqui há uns oito anos, nada mais justo do que continuar com os serviços dela, mas só porque não é caro... R$ 30 por dia, uma vez por semana.

Ontem foi o primeiro dia da dona Benita com os novos moradores. Ela estava acostumada a não ter ninguém em casa enquanto trabalha, eu acostumada a fazer as coisas do dia a dia. Ela chegou às 9h e começou pela cozinha a rotina de organizar e limpar, uma hora me perguntou se tinha roupa para lavar, disse que podia separar o que eu quisesse que ela lavaria a mão. Disse pra ela que lavo tudo na máquina mesmo. Comecei a colocar as roupas na máquina e vi que ela não estava muito confortável. Foi quando o Isac me chamou e disse: “Deixa ela fazer tudo, senão ela vai ficar perdida”.

OK!! Não precisa pedir duas vezes. Peguei o livro que estou lendo e fui pro quarto, era o legítimo dia de madame. Ao meio-dia o almoço estava pronto, a mesa carinhosamente arrumada e a comida uma delícia! Pouco depois do almoço ela nos serviu um café e eu comecei a gostar da mordomia, hehehe.
Depois do café voltei pro livro, e pra cama... Perto das 15h, hora combinada pra ela ir embora, conversamos um pouco, mostrei uma foto que está no porta-retratos, disse pra ela que no Brasil moramos numa cidade de praia, ela disse que não conhece o mar. Acho que é a primeira vez que conheço alguém que nunca molhou os pés na água salgada do oceano...

Ela foi embora e nós saímos. O Isac foi conversar com os advogados que representam a Nexxera na Colômbia. Eu fui junto para aproveitar o passeio. Depois da reunião caminhamos até o “Parque da 93”, onde fica o hotel que ele esteve hospedado em setembro. Entramos no café Oma, foi só sentarmos que desabou um “aguacero”. Tomamos um capuccino com arequipe (doce de leite, isso foi a primeira coisa que aprendi!!!) comemos um croissant e passamos 1h e pouco usando a internet deles no celular. Consegui ler meus emails, atualizar a vida no twitter e ficar feliz. 

Parque da 93, foto do Isac, qdo ele veio em setembro
A chuva deu uma trégua e saímos em busca de um táxi. 18h30, hora do trancón, sem chance. O jeito foi embarcar numa buseta pra chegar em casa. O ônibus era um dos mais novos, quando subimos já percebi que seria um trajeto interessante... O motorista tinha um palito de dente no canto da boca, no maior estilo “cabrón”, e a trilha sonora lembrava uma balada, alta e animadinha... Lá pelas tantas o clima mudou e a música que começou a tocar foi dos Bee Gees. Do clima romântico passamos para You are the Champions, do Queen, no mínimo, inusitado o estilo musical eclético do motora.

Frame do vídeo que fiz dentro da buseta
Depois de andar umas trinta ruas no ônibus musical descemos quatro quadras abaixo do nosso ap. No caminho para casa alguns bares estavam abertos, em um deles havia uma TV que estava passando um jogo que era Goiás X Avaí. Mostrei pro Isac animadíssima e entramos para assistir a partida. Tinha uma TV na rua e uma dentro do bar, preferimos entrar.


Crab’s é o nome do primeiro bar que entramos em Bogotá. Apesar da música alta, não era das piores, tocou até U2. Ficamos num lugar legal, com uns sofás e uma luz mais baixa. O espaço é mais apropriado pra namorar, mas nosso interesse estava na televisão. O cardápio não era muito atrativo, achei um pouco caro. A Heineken custa R$ 7,50, dei mais uma olhada e vi a opção de um brownie com sorvete por R$ 5. Achei ótimo, até preferia a cerveja, mas doce eu comeria só um...

Brownie con helado
E, pra elevar o conceito do bar, eles também oferecem internet. O celular já estava gritando por bateria, mas deu tempo de tuitar mais algumas coisas.

Assistimos o Avaí empatar e voltamos pra casa. O que era pra ser uma saída rápida se tornou uma das mais inusitadas até agora, e eu adoro as coisas inusitadas!

Visita ao IBRACO

Em nossa segunda semana na cidade desconhecida o tempo passou bem rápido, hoje já é quinta-feira. Na segunda fomos ao IBRACO – Instituto de Cultura Brasil Colômbia. Vi no site deles que são ministrados cursos de espanhol para estrangeiros, aulas de português, de samba, de capoeira e também uns festivais de cinema e gastronomia. 


Ingenuamente eu pensei que fosse encontrar um monte de brasileiros simpáticos... Foi só esperança... A recepção já não foi muito acolhedora. Fomos recebidos por um segurança que queria saber o motivo da nossa visita, mas ele não perguntou de uma maneira muito dócil. Explicamos que por sermos brasileiros queríamos conhecer o Instituto, ele abriu a porta, nos deixando entrar, mas um tanto quanto desconfiado.

A recepcionista também não falava português e aí entendi que realmente o objetivo do tal instituto não é aproximar os brasileiros da cultura colombiana... Quem nos recebeu foi a coordenadora administrativa, Maria del Pilar Sarmiento. Essa sim foi bem querida. Falava só espanhol também, mas entendeu nosso interesse pelo IBRACO. Conhecemos as dependências do instituto, as salas são identificadas com o nome dos estados brasileiros, bem legal. Passamos também pela área da cantina, que estava fechada, e segundo ela, vende produtos brasileiros “Aqui eles vendem brigadeiro, farinha de mandioca, uns salgadinhos” Coxinha?!?, eu disse, “É, isso, coxinha!”, ela concordou. Foi um diálogo engraçadinho... Nossa anfitriã ligou a TV e mostrou que está sempre sintonizada em algum canal brasileiro. O sinal é recebido por uma antena parabólica que eles compraram. O canal da vez era a Band, e quem estava no ar era o Datena. Nunca fiquei tão feliz em ver o Datena...

Falamos sobre o interesse em fazer o curso de espanhol e ela explicou que só a partir de janeiro. As atividades por enquanto estão voltadas somente para aplicação do teste de proficiência na Língua Portuguesa, o Celpe-Bras.


Sendo assim, só ano que vem vou poder voltar lá, e quem sabe, comer um brigadeiro ou uma coxinha. ;)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Comidas e cinema

Sempre fui meio chatinha pra comer. Não gosto de alguns temperos, de milho, ervilha, cebola, não como muita salada e nem legumes. Toda essa frescura dificulta na hora de pedir algo pra comer. Como não conheço a maioria dos ingredientes dos pratos daqui fico com bastante dúvida. Pro meu marido a comida não chega a ser uma dificuldade, já que ele tem praticamente um estômago de avestruz... Desde que chegamos só tem duas coisas que eu comeria de novo: o frango e carne com queijo, do Patacones, e o Pollito Arabe, do Los Pollitos, que comi ontem.
O Patacones é um restaurante que serve todos seus pratos sobre uma folha de bananeira. Essa folha vai para o forno com a comida e fica crocante, parece um nacho, fica bem boa. Eu escolhi o frango e carne com queijo que vem picadinho, uma delícia!!
No Pollito Árabe eu fiquei de olho desde o dia que comi o arroz com frango (aquele cheio de ervilhas, cenoura e vagem). Ontem fomos ao Andino, pra ir ao cinema, e quis comer no Los Pollitos pra experimentar o "pollos pelo mundo". É realmente bem gostoso. Vem um franguinho empanado num pão círio com tabule e também dois kibes. Adorei!
Tudo que não comi durante a semana, comi ontem de noite. Depois do frango à la árabe fomos numa loja de balas, a propósito, eles são bem chegados em açúcar por aqui. São várias lojas de doces, confeitarias e sorveterias. Na loja de balas (que é linda!!!) comprei umas coisinhas para comer durante a sessão do filme. 


Depois do filme passamos no Crepes & Waffles e comemos um crepe de Nutella com morango e uma bola de sorvete de doce de leite. Bah! Coisa boa!!!! Isso, sem dúvida, eu quero repetir, além dos pratos salgados. Essa Crepes & Waffles tem uma boa variedade de sabores. Têm crepes doces e salgados, vários sabores de sorvete e cafés, parece ser tudo uma delícia!

Uma boa experiência foi o cinema. Assistimos Um amor inesperado, bem bom o filme. Achei que ouvir em inglês, ler as legendas em espanhol e entender em português seria complicado, mas foi bem tranqüilo, entendi tudinho ;)
A sala que nós fomos era bem pequena, umas quinze fileiras, no máximo. O corredor fica no meio, o que é estranho, já que no meio é o melhor lugar para assistir. O preço de final de semana é carinho, R$ 15,50. Mas, como em Floripa, durante a semana é mais barato.
Resumindo, o sábado foi de comilança e filminho :)

Centro Histórico e Prédios do Governo

Sábado é dia de passear, numa cidade praticamente desconhecida são muitas opções. Nosso destino foi o Centro Histórico. Fica ao sul de Bogotá e reúne uns museus, construções do século XIX e os prédios públicos, como o parlamento e a casa do governardor presidente (meu ilustríssimo marido é o editor do blog. Eu escrevo e não leio de novo, aí posto, qdo vejo ele tá cheio de coisas pra eu arrumar hehehe assim cada dia tem uma atualização nos posts. Eu e meu jeitinho pouco exigente de ser... As cores dos links tb vivem mudando pq cada vez q eu entro, acho q tá ruim, aí vou mudando. Com o tempo o blog adquire uma personalidade e um padrão, prometo!).
Pro passeio ficar com uma cara bem local resolvemos ir de ônibus... os ônibus aqui são pequenos, chamados de buseta, os brasileiros adoram fazer piadinhas com o nome... Assim como os “amarelinhos”, de Floripa, eles param em qualquer lugar e não têm cobrador, paga a passagem direto para o motorista, mas, as semelhanças com o executivo param por aí. Na grande maioria os ônibus são velhos e estão cheios. Como não tínhamos pressa resolvemos esperar por um mais novinho e com lugar para sentar.
Como as ruas aqui são identificadas por números (isso vai render um post nos próximos dias) as placas que identificam as linhas mostram por quais ruas eles passam. Cada rota é identificada por uma cor de ônibus, têm azul, vermelho, branco, amarelo, misturado e por aí vai.
Nosso trajeto, que foi avançando pelo sul da cidade, foi deixando claro pq não é muito recomendado aos turistas andarem sozinhos. Disse pro Isac que conhecemos as entranhas da cidade. Pelas ruas muitos vendedores ambulantes, em alguns lugares lixo acumulado, uma gentarada bem feia (que horror, mas é verdade...) é o típico lugar pouco turístico, eu diria.
Andando de buseta por Bogotá
Descemos do ônibus e andamos umas três quadras até chegar na Plaza de Bolívar. Ao redor da praça estão o Palácio da Justiça, o Capitólio Nacional e a Catedral. Andando pelas ruas laterais passamos pelo Palácio do Governo também. Nessa região existem uns policiais/guias. Eles são treinados para apresentar e contar a história dos prédios. Não falamos com nenhum, resolvemos caminhar e ir conhecendo.



Entramos em um museu da Universidade Nacional. Um prédio que estava abandonado e foi reformado durante alguns anos. Agora abriga algumas obras e exposições. Fomos também na Casa da Moeda. Conta a história da colonização do continente e mostra as diversas formas de dinheiro que foram usados no passado.

¿Onde está o Wally?
 
O mesmo prédio da Casa da Moeda abriga também outras salas de exposição, permanentes e temporárias. Uma das permanentes é a sala Botero. O museu que reúne a maior parte das obras dele fica em Medelín, aqui é só uma amostra.

Almoçamos por ali também. Um restaurantezinho charmoso, hehehe... com obras do Botero para decorar o ambiente. Comida barata e boa, com direito à um suco e sobremesa (a sobremesa dispensamos, era algo que pretendia ser um doce de goiaba).





Depois do almoço voltamos pra casa, de ônibus, agora já estamos mais preparados para as busetas. Por mais que o táxi seja barato, não dá pra abusar.

sábado, 23 de outubro de 2010

O melhor dia da semana

Hoje, quando já me preparava para enfrentar o sexto banho de balde, antes das 9h o Isac me acordou a melhor notícia da semana “amor, el calentador está funcionando!!!” Quem disse que eu consegui dormir mais, acordei na mesma hora. Precisava sentir a água quente saindo do chuveiro. Agora vamos às explicações de como o danadinho começou a funcionar:
No dia que chegamos a senhorinha tentou ligar o aparelho e fazer funcionar com uma folha com foguinho, um tanto quanto perigoso, mas como não tínhamos fósforo foi o jeito. Nas instruções do negócio diz que ele é automático e só precisa girar um botão dar umas apertadas e funcionaria. Naquela noite ela não conseguiu. Desde a segunda esperávamos pela noiva do dono do ap pra vir buscar o contrato. Ela não apareceu e não conseguimos falar com ela. O Diego, tal dono do apartamento, que está na Espanha, mandou um email pro Isac na quarta-feira. Ele perguntou como estavam as coisas, se gostamos do ap blá blá blá. No email de resposta pra ele o Isac falou do problema do aquecimento e pediu pra ele explicar como deveria fazer.
Até que hj de manhã tcharannnnnnnnnn o Diego respondeu o email e explicou que precisava sim da tal chama e que além de liberar a passagem do gás pelo cano precisa abrir uma outra chavezinha que fica mais pra cima. O Isac então fez o que ele disse e finalmente temos água quente em todas as torneiras e chuveiro. Que alegria!!!
Aquecedor funcionando, como deve ser, com chaminha e tudo!
Agora nossa urgência é a internet, mas isso deve se resolver em breve (eu espero...).
Depois do banho, e de almoçar em casa, fomos ao shopping Unicentro. Esse é longinho de casa, mas foi bom, pude passar e ver mais lugares da cidade. Neste shopping conheci a loja Falabella, que vende de tudo um pouco. Roupas, eletros, brinquedos, coisas para casa. Acho q só não vende comida.
O Isac foi com a camisa do Avaí. Numa das escadas rolantes um carinha atrás de nós reconheceu e disse “Ah, Abaí” (o V tem som de B, coitado do Avaí) aí viramos, sorrimos e ele disse “classificou si?!” o Isac disse que sim e seguimos felizes com nosso time.
Espalhadas pelo shopping têm umas máquinas de balinhas, colocamos uma moeda de 200 pesos (R$0,20) e pegamos os docinhos. Eu, lógico, precisava ver uma funcionando.
Aproveitamos também para fazer compras no supermercado Ex!to, que é mais barato que esse perto de casa. Fazer compras aqui chega a ser engraçado. As coisas são em tamanhos bem grandes. É difícil achar um pacote com menos de oito rolos de papel higiênico. Suco de saquinho, tipo Tang, só tem dos que fazer de dois litros ou mais, tem até uns pacotes que dizer fazer até oito litros. Margarina de quase 1kg, bem interessante, é que aqui as famílias são grandes, por isso, o que pra nós parece exagero, pra eles são as melhores opções. Carne de gado é mais barato do que frango, vendem remédios nas prateleiras dentro do mercado e várias outras coisas curiosas.

Mais descobertas

Quando soube da participação do Isac no processo seletivo da Nexxera, pra vir pra Colômbia, a primeira coisa que fiz foi começar as pesquisas sobre a cidade. Procurei vários blogs, sites, comunidades sobre o lugar. Nenhum deles me respondeu todas as dúvidas, hoje entendo pq. A cidade é bastante grande e fica difícil conhecer tudo. Um dos blogs que achei bem completo é o da Ranata – semprea2embogota.blogspot.com. Ela contava coisas do dia a dia e da cidade. Um dia deixei um comentário dizendo que também iria morar em Bogotá e trocamos alguns emails. Ontem, no nosso quinto dia na cidade fomos conhecer pessoalmente a Renata.

Marcamos no Andino, shopping bem localizado para ambas. Antes de encontrá-la eu e o Isac fomos almoçar. Como já comentei os cardápios por aqui são pouco variados... resolvemos comer no Los Pollitos, uma junção de Frangos & Fritas com Cia do Frango, hehehe. Sempre fico bem indecisa na hora de escolher o que vou comer. No cardápio deles tem várias coisas que quero provar. Ontem minha escolha foi arroz con pollo: um arroz amarelinho com pedaços de frango, cenoura, ervilhas e vagem (essa coisarada adicional eu só descobri que vinha quando o prato chegou...) e o Isac pediu uma paella. Os pratos aqui são bem servidos. Eu não sei qual a explicação teórica-científica, mas parece que me satisfaço com menos comida, isso é ótimo!!

Depois do almoço encontramos a Renata e fomos tomar um café no Juan Valdez que é a cafeteria mais famosa do país, uma espécie de Starbucks. No mesmo lugar alguns jogadores do Atlético Mineiro também estavam tomando um café.

A conversa foi ótima. Ela nos contou um pouco das suas experiências por aqui, trocamos algumas dicas e depois de quase duas horas sentados fomos caminhar nas ruas ao redor do shopping, onde fica a conhecida Zona Rosa. É onde se localizam os melhores bares, restaurantes e as lojas de marcas internacionais.



Fomos também conhecer o shopping El Retiro, tudo na mesma quadra. Neste estão as lojas de marcas mais conceituadas ($$$$$$) e conhecidas. No mesmo prédio do shopping fica a filial do restaurante Andrés Carne de Res, talvez o mais conhecido do país. Este restaurante é um acontecimento. O primeiro, original, fica na cidade de Chia, próximo aqui de Bogotá. Devido sucesso do estabelecimento eles fizeram este também na capital, é o Andrés D.C..

Fachada do Andrés D.C.

Pra ter uma ideia, o dono do lugar, o Andrés, gosta tanto de colecionar miudezas e quinquilharias que o restaurante é todo decorado por centenas de objetos, coisas que já foram dele, ou são feitas para serem expostas no restaurante e tudo que está pelo chão, pelas paredes, ou mesas, pode ser comprado. Deve ser uma loucura!! Quero ir lá o mais rápido possível. No restaurante aqui do centro também tem umas coisas bem divertidas e bonitas, mas dizem que nem se compara com o original.

A volta pra casa foi perto das 18h, hora do trancón como eles dizem. Conseguimos pegar um táxi relativamente rápido, pq é, sem dúvida, o pior horário. Fiz uns vídeos do trajeto, mas devido a qualidade (NOT) da nossa internet roubada fica impossível postar um vídeo. Ele vem outro dia.

Quando chegamos em casa era o porteiro amiguinho que estava trabalhando. Na hora falei com ele sobre o jogo do Mineiro, tentando assim limpar minha barra, pq como disse a Carlinha, foi uma tremenda mancada meu desempenho informatício na tarde anterior. Pelo visto ele gosta muito de futebol, e acompanha tudo quanto é tipo de campeonato. Falamos também sobre o Avaí, que jogou (E GANHOU!!!!!) ontem à noite. Ele conhece, dissemos que é da nossa cidade e ele ficou todo animado, acho que consegui melhorar minha imagem.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Cotidiano


Ainda não posso dizer que tenho uma rotina. Mas as coisas começam a ser mais comuns. Além de não termos telefone e internet, também não temos TV a cabo. Para assinar esses serviços é preciso ter a cédula de extrangeria (que ainda não temos) e um histórico de crédito. Provavelmente vamos ter que fazer um contrato através da empresa, o que deve levar mais algum tempo...

Enquanto não posso assistir a Globo Internacional tenho que me contentar com dois canais da TV aberta: Caracol e RCN. Cada um deve ter umas oito novelas ¬¬ é novela de manhã, de tarde e de noite. A maior parte da programação é de dramaturgia, o que deve facilitar o trabalho dos atores e atrizes do país, pelo jeito tem espaço pra mta gente. A parte boa é que já entendo uns 90% do que ouço. Ainda estou bem travada para falar, mas acho q é natural.

Desde de ontem temos número de celular. O Isac conseguiu comprar dois chips, pré-pagos, da Movistar. Os números aqui são com dez dígitos.

Moramos na Zona Norte da cidade, bairro Chapineiro. Ontem o Isac passou o dia todo em reuniões e eu fiquei sozinha, à tarde resolvi sair para dar uma volta pelo bairro. Caminhei por uma avenida, a 7ª, bem movimentada. Subindo por essa rua começa a área bancária, tem vários prédios grandes, mais modernos e bonitos. Andei umas seis quadras e voltei. Depois fui pela nossa rua, a 64. Neste vi alguns restaurantes e cafés. Passei por um prédio de uma universidade e fui até a praça da Igreja de Santa Lurdes. Não fiquei muito tempo. Senti que sou facilmente reconhecida como estrangeira, como estava sozinha resolvi não arriscar...


Sempre que entramos no prédio os porteiros nos cumprimentam pelo nome. Tem um que se supera na simpatia. É bem engraçadinho e atencioso. Quando entrei no prédio ele falou comigo, como de costume, e depois começou a falar algumas coisas. Parei para ouvir, meio com pressa, e ele dizia algo sobre um mineiro que estaria na cidade. Logo pensei que se tratava de algum mineiro resgatado no Chile, afinal já são celebridades, mas ele disse que era um mineiro do Brasil, fiquei pensando que “Los 33” eram todos chilenos, sorri pra ele, meio que cortando o papo, afinal não estava entendendo mesmo, e subi.

Quando cheguei em casa e sentei no sofá me senti uma tansa. Ele estava falando do time do Atlético Mineiro, que jogou ontem aqui em Bogotá contra o Independiente Santa Fé. Lógico! Mineiro, do Brasil. Aí passou a fazer sentido. Fiquei com vontade de descer lá e dizer pra ele, Oh, perdón, ahora entendi... mas aí pensei, ele deve ter pensado que sou mulher, não entendo nada de futebol mesmo, fica assim.

À noite pedimos pizza da Pizza Hut. Nas listas telefônicas têm vários cupons de desconto. Chegou bem rapidinho. Os cardápios, de maneira geral, são muito parecidos. Os sabores das massas, pizzas, sanduíches são quase todos iguais. Em todos restaurantes têm pollo con champiñones (frango com champinhon), Queso (queijo), Jamón (presunto) e dependendo do tipo de restaurante tem as variações das carnes, mas eles comem bem mais frango do que carne. Como estamos acostumados com muitas opções, as vezes, parece tudo igual... Outra coisa que não tem aqui são rodízios. Minha veia empreendedora já está se manifestando hehehe.


Pedimos a de pollo com champiñones, e tava bem boa. Da próxima vez vamos tentar algum outro sabor. Esqueci de fotografar qdo ela ainda estava inteira, aí fica aparecendo essa caixa gordurosa...

Descoberta boa e descoberta ruim


Uma agradável surpresa foi a rádio La X, 103,9 FM. Toca Coldplay, U2, Stones, Oasis e outras bandas nesse estilo. Toca também bastante coisa dos anos 80 e mistura com umas Lady Gaga e Blackeyedpies da vida... Sempre pensei em uma programação de rádio assim, acho ótima! Descobri um dia no táxi, cheguei em casa e sintonizei no rádio do quarto, agora dormimos todas noites ouvindo, muito bom!


A descoberta não tão gratificante foi o refrigerante de Manzana (maça) da Postobon. O refri é rosa, achei interessante e resolvi provar... CREDO!!! Parece remédio, bem ruinzinho. A Postobon é a importadora da Pepsi, e principal patrocinadora do campeonato de futebol colombiano, só não deu sorte com o refri de maça, pelo menos não para o meu paladar... o povo daqui gosta...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Os primeiros desafios


Acordamos cedo segunda-feira, tomamos café e esperamos ansiosos pela Andreia que viria nos salvar da falta de banho. Os planos eram almoçar no shopping e dar uma volta depois que ela resolvesse nosso problema. 

Ainda bem que o café da manhã foi reforçado pq até 14h nada da senhorita dar as caras. E pra piorar a situação o telefone do ap onde estamos só recebe chamadas.

Primeira dificuldade: Falta de água quente.

Segunda dificuldade: Falta de comunicação.

A solução foi esquentar água no fogão e tomar banho de canequinha TOTALMENTE EXCELENTE ¬¬. Depois do banho rústico resolvemos sair pra comer. No caminho paramos em uma lojinha tipo um armazém, que eles chamam de tienda, para usar um telefone. Ligamos para o celular da tal Andreia e estava desligado. TOTALMENTE EXCELENTE Parte Dois.

O jeito foi pegar um táxi e ir pro shopping Andino. Era feriado, dia festivo, como eles chamam aqui, mas todas lojas estavam abertas. Na praça de alimentação a maioria dos restaurantes são de hamburguesas ou pasta e eu não queria comer lanche, muito menos macarrão.

Comemos no George’s BBQ. Eles são bem chegadinhos em churrasco americano e tudo que se parece com um leva a sigla BBQ. Nosso almoço foi o mix que tem carne de porco, de gado, de frango e também uma linguicinha. As carnes vêm em uma chapinha e de acompanhamento escolhi arroz – LÓGICO – mas veio bem pouquinho. Eu e o Isac dividimos o prato, já que era bastante carne. 

Depois de comer fomos caminhar pelo shopping. Foi quando começou a me dar uma forte dor de cabeça. Acho q é em função da altitude, já estava esperando sentir alguma coisa. Além da dor de cabeça o nariz parece estar sempre com sujeira, uma produção de meleca impressionante...

Antes de ir embora fui ao banheiro, achei fantástico! Muito moderno. Tem um banheiro familiar, um só para crianças, o feminino e o masculino. O papel é biodegradável, feito para jogar no vaso sanitário. A descarga é automática. As pias têm um sistema inteligente para as torneiras, que são mais econômicas e para secar as mãos só naquelas máquinas de ar, só que aqui elas funcionam de verdade, e bem rápido. 

Voltamos para casa e eu me joguei na cama, a dor de cabeça tava bem forte. Depois de um tempo deitada no escuro a dor aliviou e resolvi ir pro computador tentar falar com alguém, só que a internet, ainda roubada do exército, não quis mais funcionar. A distração foi ficar fazendo cruzadinhas até a hora de dormir.

Chegada na nova casa


Ao chegar no prédio que estamos morando fomos recebidos pela Dona Benita, a senhorinha que limpa o apartamento, e a filha dela. Ela trabalha com o dono do imóvel há quase oito anos, uma pessoa de confiança. Muito simpáticas e prestativas elas nos ajudaram a carregar todas as coisas, mostraram as instalações e deram algumas dicas. 

Dona Benita falou bastante – eu não entendi meia frase do que ela disse – já a filha dela falava mais devagar e conseguimos conversar. Lá pelas tantas ela percebeu que o sistema de gás, que garante a água quente em todas torneiras e chuveiro não estava funcionando. Elas tentaram dar um jeito, mas não ligou. O combinado era que a noiva do dono do ap viria na segunda-feira para pegar o contrato do aluguel e nos entregar as chaves e dar um jeito no aquecimento.

Elas foram embora e nós fomos ao supermercado Carulla providenciar a janta, ele fica aberto 24h e a uma quadra de distância do ap. Achei os preços bem altos, principalmente o das comidas. Produtos de limpeza também são carinhos. Compramos o básico para os primeiros dias e vamos pesquisar também em outras redes grandes umas ofertas para as compras do mês.

Depois de jantar tentamos achar internet sem senha, de algum vizinho caridoso. A única que conseguimos é uma tal de Exercito Masacra Indiginas, fiquei com medo, mas precisa ligar pra casa e dizer que chegamos bem. 

Conseguimos falar com a minha mãe e o Isac com a mãe dele, assim fomos dormir tranqüilos.

Da Ilha para a Montanha


Nossa mudança começou com a saída de casa às 5h30 da madrugada. Carro cheio rumo ao aeroporto. Quando começamos a pensa nas coisas para levar a dúvida era: Mandar as caixas por transportadora ou levar no avião? 

Entrei em contato com um despachante aduaneiro de Florianópolis. O funcionário me explicou que só vale a pena mandar pertences com mais de 100kg, e o valor inicial é de R$ 2 mil. Como nós levaríamos poucas coisas, seria mais barato levar como excesso de bagagem mesmo.

Entrei em contato com a Gol para saber os procedimentos de excesso de bagagem. Cada passageiro pode levar até 70kg, incluindo os 23kg que cada um pode transportar sem pagar extras. A partir do 24º quilo é cobrada a tarifa correspondente a 1% do valor da passagem mais cara do dia.

Nossas bagagens estavam distribuídas em oito volumes despachados, que somaram 109kg, mais três bagagens de mão. Tínhamos direito a 43kg, pagamos R$ 244 pelos 63kg extras. 


Fora todos cálculos e contagem das caixas e malas, pra não perder nada na chegada, a despedida foi emocionante. O pai do Isac, minha mãe, minha irmã, meu cunhado e meu sobrinho/afilhado, minha tia, minha prima e namorado madrugaram para a despedida. A maioria dos amigos não madrugou, pq não tinha nem dormido ainda hahha. A Dinha, o Vinni e a Keka foram até lá em casa, saíram direto do show dos The Cramberies. O Gui e o Carlos também foram direto da balada, a única que madrugou foi a Kauana.


Só muito amor mesmo pra reunir o povo às 7h da manhã de um domingo! Tomamos café juntos, tiramos umas fotos, ouvimos todas as recomendações e embarcamos para São Paulo. O vôo foi rápido, menos de 50min. 

Em Guarulhos esperamos quase 3h para embarcar para Bogotá. O avião não estava lotado, ao nosso lado a poltrona ficou vazia. Dormimos a maior parte do tempo, e mesmo assim, deu pra cansar... Quase 6h voando. Passar pela Amazônia é muito legal. Ver o curso dos rios, aquela área toda de floresta, bem interessante. 


A vista superior de Bogotá é igualmente interessante. Ruas e zonas muito organizadas. Chegamos com sol e voltamos 3h no tempo, já que a diferença em relação ao Brasil é de 2h e iniciou o horário de verão.

No aeroporto enfrentamos a migração. Entregamos os passaportes, somos perguntados sobre o que vamos fazer na cidade, quanto tempo vamos ficar e onde ficaremos hospedados. Por mais que a gente saiba que nossa entrada não será negada, é um momento tenso.

Quando chegamos na esteira das bagagens nossas coisas estavam cercadas de funcionários do aeroporto. Por causa da fila demoramos alguns minutos. Eram nossos oito volumes e mais outras três malas de outros passageiros. Tirei tudo rapidinho para que ninguém levasse embora hehehe. Conseguimos uns carrinhos e saímos carregados. Antes da chegar na rua ainda precisamos passar tudo pelo scaner. Deu até pra suar com a correria... 


Em Bogotá existem muitos táxis, é bem barato, mas eles recomendam pegar somente os registrados, que chamamos por telefone. No aeroporto tem um guichê onde dizemos o itinerário o funcionário dá uma folhinha já com o valor do trajeto. Andamos 16 km por $ 21.000,00 (21 mil pesos, equivalente a R$ 21).

No próximo post as aventuras da chegada na nova casa.

sábado, 16 de outubro de 2010

Falta pouco...

Existe um voo diário que parte de Florianópolis, faz escala em São Paulo, e vai para Bogotá. De Floripa ele sai 8h20. Depois de 1h e pouquinho voando chegamos em SP para esperar o avião que nos levará até a capital colombiana.

O detalhe é que já sai de Floripa como voo internacional, ou seja, precisa fazer o check-in 2 horas antes do embarque, que é 6h20 da madrugada. Agora calcula a hora que as pessoas que estão morando a 45km de distância do aeroporto precisam sair de casa... Some a esse fator o início do horário de verão e o adianto de 1h no relógio, pois é, agora são 1h30mim, precisamos acordar 4h30min e ainda estamos aqui nos finalmentes com as bagagens... 

Bom é que vou ter seis horas pra dormir entre SP e Bogotá...

Hora de arrumar as malas

Em menos de 24h já estaremos em solo bogotano. Os guarda-roupas já estão quase vazios, as malas cheias, os documentos na mão e o frio na barriga que não me deixa relaxar.

Durante a semana comecei a pensar na bagagem. Peguei tudo que queria levar e percebi que, do jeito que eu tinha jogado dentro da mala, não ia dar certo...



Foi quando o Isac disse pra usar a incrível técnica das coisas enroladinhas. E não é que funcionou?!?!?!!!!


Só assim pra dar jeito de fechar a mala ;)

Eu estou levando uma mala grande com todas roupas, uma bolsa média com os sapatos, minha mochila com notebook, câmera, flash, livros e uma muda de roupa extra.

A bagagem do Isac é uma mala grande, e uma mala média com roupas, uma bolsa média com sapatos, uma mochila com documentos e etc. Temos ainda duas caixas grandes onde colocamos roupa de cama, toalhas, livros, dvds, ferro de passar roupas e minhas bolsas.

Tirando as mochilas, tudo será despachado. Bagagem devidamente identificada, com cadeado e torcendo pra não ser extraviada... Acho q isso é o que me provoca mais medo.

Agora estamos saindo pra visitar as famílias. Tomar café com a mãe, dar tchau pra vó, jantar com a sogra e por aí vai.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Uma festa de despedida

Bota-fora, sm: reunião de amigos para despedida de alguém que vai morar um tempo longe; festa mais restrita que um churrasco da faculdade, porém menos íntima que a comemoração de aniversário.

Partindo do princípio que não encontrei a definição para Bota-Fora em nenhum dicionário, resolvi  fazer eu mesma o registro. Explico a definição: Em um churrasco da faculdade a gente costuma chamar todos conhecidos, até os desconhecidos, geralmente o que queremos é uma festa animada. Nas festas de aniversário convidamos os mais próximos, aqueles com quem gostaríamos de compartilhar um momento mais familiar. Já o bota-fora é a mistura dessas duas coisas. Planejamos uma festa animada, porém só com pessoas conhecidas, o que inclui os amigos do serviço, da faculdade, os vizinhos, os parentes e quem mais se interessar com o fato de que vamos passar um tempo longe.



E com base nessa teoria fiz minha festa de despedida, o importante agora é começar do começo, falando sobre o motivo da despedida:

Meu excelentíssimo marido trabalha em uma empresa de Floripa, a Nexxera, que está expandindo os negócios e a internacionalização. O Isac - o marido - foi escolhido para representar a empresa em Bogotá, na Colômbia.


Passamos dois meses nos acostumando com a ideia, pensando em como seria a mudança, nos despedindo dos amigos, pesquisando sobre a cidade e o dia da partida foi se aproximando. Agora só nos resta arrumar tudo e encarar o desafio.

A festa foi ótima, com muitas promessas e cronogramas de visitas.

Bogotá, lá vamos nós!!!