quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Para ouvir alto

Seguindo a linha saiba do que eu gosto, e o que as músicas me provocam, a escolhida de hoje é Use Somebody da Kings Of Leon. Quando ouço dá vontade de aumentar o som e cantar alto, de preferência acompanhada dos amigos.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Um dia eu aprendo

Um dos meus objetivos é conseguir falar meu nome e ser entendinda, sem precisar repetir. A dificuldade está em pronunciar o A do Ana sem parecer Ã, em espanhol devo dizer Ána e nunca consigo.

E pensando nesses problemas de fonética achei o clipe de Fusion, do Jorge Drexler, em que ele oferece a música para uma Ána:



¿Dónde termina tu cuerpo y empieza el mío?
A veces me cuesta decir.
Siento tu calor, siento tu frío,
me siento vacío si no estoy dentro de tí.

¿Cuánto de esto es amor? ¿Cuánto es deseo?
¿Se pueden, o no, separar?
Si desde el corazón a los dedos
no hay nada en mi cuerpo que no hagas vibrar.

¿Qué tendrá de real
esta locura?
¿Quien nos asegura
que esto es normal?
Y no me importa contarte
que ya perdí la mesura
que ya colgué mi armadura en tu portal.

Donde termina tu cuerpo y empieza el cielo
no cabe ni un rayo de luz.
¿Que fue que nos unió en un mismo vuelo?
¿Los mismos anhelos?
¿Tal vez la misma cruz?

¿Quien tiene razón?
¿quien está errado?
¿Quien no habrá dudado
de su corazón?
Yo sólo quiero que sepas:
no estoy aquí de visita,
y es para ti que está escrita esta canción

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Bom em vários sentidos

Sente que música gostosa. Parece um abraço.



Eu realmente sinto as músicas, elas me causam diversas sensações, e acho isso muito bom. Ultimamente tenho andando bastante de ônibus pela cidade e minha companhia são as elas. Não são raras as situações em que estou cantando (só com os lábios, sem necessariamente emitir um som) e vejo algumas pessoas me olhando com cara de que eu não deveria fazer isso. É público e notório que não tenho vergonha de pagar mico e não acho que essa situação se classifique como um. Quem não ouve música pode até não entender o envolvimento, mas não venha me recriminar.

Esse aí em cima, cantando docemente, é o Jorge Drexler cantor uruguaio ganhador do primeiro Oscar por uma música em espanhol.

Descobri a música do Drexler muito recentemente e acho que gostei por ser em espanhol, por me permitir mater o ouvido atento em busca de vocabulário para o idioma que vou praticar.

Disfrutelo!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Para viajar

Sabe música pra ouvir enquanto viaja? Phoenix pra mim é uma dessas bandas. Bom para quem dirige e melhor ainda para quem pode olhar pela janela e ver a paisagem, e os pensamentos, passando.

Fugindo da ociosidade

A ideia de deixar o blog entregue às moscas me deixa inquieta. Se os planos tivessem sido cumpridos eu já estaria contando como é começar um curso de espanhol, ou como está frio em Bogotá,. Como continuo na Ilha, e não quero abandonar meu tão querido espaço, resolvi compartilhar algo que estou lendo, ou ouvindo, a cada dia.

Hoje vai ser um texto. Uma crônica da escritora Martha Medeiros. Colunistas de jornais e revistas ela lança livros que são coletâneas de textos publicados ao longo dos anos nesses veículos. É a autora do grande sucesso, que virou peça e depois filme, Divã.

Estou lendo agora Doidas e Santas, e a cada crônica paro para rabiscar uma frase, marcar uma expressão ou balançar a cabeça concordando com uma ideia. Ela é foda (no melhor sentido da palavra, usado aqui como adverbio de intensidade). O texto que escolhi para reproduzir foi publicado em 19 de março de 2006:

UMA VIDA INTERESSANTE

E, se eu lhe disser que estou com medo de ser feliz pra sempre?" pergunta ao seu analista a personagem Mercedes, da peça Divã, que estréia hoje em Porto Alegre. É uma pergunta que vem ao encontro do que se debateu dias atrás num programa de tevê. O psicanalista Contardo Calligaris comentou que ser feliz não é tão importante, que mais vale uma vida interessante. Como algumas pessoas demonstraram certo desconforto com essa citação, acho que vale um mergulhinho no assunto.

"Ser feliz", no contexto em que foi exposto, significa o cumprimento das metas tradicionais: ter um bom emprego, ganhar algum dinheiro, ser casado e ter filhos.
Isso traz felicidade? Claro que traz. Saber que "chegamos lá" sempre é uma fonte de tranqüilidade e segurança. Conseguimos nos enquadrar, como era o esperado. A vida tal qual manda o figurino. Um delicioso feijão-com-arroz.

E o que se faz com nossas outras ambições? Não por acaso a biografia de Danuza Leão estourou. Ali estava a história de uma mulher que não correu atrás de uma vida feliz, mas de uma vida intensa, com todos os preços a pagar por ela. A maioria das pessoas lê esse tipo de relato como se fosse ficção. Era uma vez uma mulher charmosa que foi modelo internacional, casou com jornalistas respeitados, era amiga de intelectuais, vivia na noite carioca e, por tudo isso, deu a sorte de viver uma vida interessante. Deu sorte? Alguma, mas nada teria acontecido se ela não tivesse tido peito. E ela sempre teve. Ao menos, metaforicamente.
Pessoas com vidas interessantes não têm fricote. Elas trocam de cidade. Investem em projetos sem garantia. Interessam-se por gente que é o oposto delas. Pedem demissão sem ter outro emprego em vista. Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram. Estão dispostas a mudar de cor preferida, de prato predileto. Começam do zero inúmeras vezes. Não se assustam com a passagem do tempo. Sobem no palco, tosam o cabelo, fazem loucuras por amor, compram passagens só de ida. Para os rotuladores de plantão, um bando de inconseqüentes. Ou artistas, o que dá no mesmo.

Ter uma vida interessante não é prerrogativa de uma classe. É acessível a médicos, donas de casa, operadores de telemarketing, professoras, fiscais da Receita, ascensoristas. Gente que assimilou bem as regras do jogo (trabalhar, casar, ter filhos, morrer e ir pró céu), mas que, a exemplo de Groucho Marx, desconfia dos clubes que lhe aceitam como sócia. Qual é a relevância do que nos é perguntado numa ficha de inscrição, num cadastro para avaliar quem somos? Nome, endereço, estado civil, RG, CPF. Aprovado.
Bem-vindo ao mundo feliz.
Uma vida interessante é menos burocrática, mas exige muito mais.

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Nada mais a ser dito...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A palavra é...

Burocracia:  s. f.  1. A classe de funcionários públicos e especialmente dos das Secretarias de Estado.
2. Designa-se também por burocracia a influência, por vezes preponderante, dos empregados de secretaria na vida administrativa de um país.
   
Nossa volta para Bogotá depende única e exclusivamente da aplicação desta palavra tão conhecida. 

O retorno à capital está atrelado à liberação do visto de trabalho, que será concedido pelo Consulado Colombiano, para que o Isac possa exercer as funções profissionais e possamos ter uma vida mais normal por lá. 

Como comentei aqui, em posts passados, nossa vida se tornará mais funcional quando parsarmos a portar a Cedula de Extranjeria, documento que vamos finalmente conquistar com o visto de permanentes no país. O visto está atrelado a uma série de exigências legais e contratuais, entre a empresa na qual meu marido trabalha e o país vizinho.

Nos planos iniciais o Isac já estaria em Bogotá desde o dia 12 de janeiro e eu estaria postando de lá hoje, porém, em função da burocracia da liberação do documento, nós dois ainda estamos no Brasil. Os documentos exigidos já estão no lugar onde deveriam, dentro de 20 dias úteis devemos ir até São Paulo retirar os benditos vistos e, aí sim, voltar para Bogotá. 

Até lá eu continuo de férias, sem reclamar. Com menos festa e menos praia, afinal todos amigos estão trabalhando, mas curtindo cada dia na companhia da família. O Isac não tem o mesmo arrego, está indo trabalhar todos dias. 

Por enquanto as notícias são essas. A certeza de voltar para o alto da montanha, neste momento, acho que nem Deus sabe.