segunda-feira, 30 de maio de 2011

Coisas do destino

Tudo começou quando eu trabalhava na secretaria de um cursinho pré-vestibular. Essa instituição educacional concedia bolsas e descontos para os alunos com as melhores notas de alguns colégios da cidade. Era 2005 (faz tempo...) eu faria pela 4ª vez o vestibular da UFSC, seria minha última tentativa de ingressar na universidade federal, já estava me sentindo velha para maratona de provas. Se não fosse aprovada, mais uma vez, faria faculdade particular, era uma decisão tomada.

Nos últimos meses deste ano chegaram os alunos bolsistas, aqueles das melhores notas, para fazer um curso intensivo. Eu passava os períodos da tarde e noite no colégio, via muitos alunos, a maioria adolescentes, falava com muitos deles, todos eles sabiam meu nome, eu nem sempre sabia o deles... Lembro de um, de cabelo cacheado, que sempre aparecia na secretaria acompanhado de duas meninas. Simpático, porém nunca conversamos. 

O ano acabou, o vestibular passou, eu não. Já tinha feito minha matrícula na faculdade particular e estava bastante feliz por iniciar a faculdade de jornalismo, que tanto desejei. As aulas começariam em fevereiro, duas semanas antes a mãe de um dos alunos foi ao colégio buscar um documento para declaração do imposto de renda. Conversamos por alguns minutos, ela me contou que o filho, uma dos contemplados com o desconto por ter boas notas, não havia sido aprovado no vestibular, que era muito estudioso, mas que não tinha passado. Disse também que não esperaria mais um ano para ele estudar e tentar novamente a UFSC, ela já tinha matriculado o menino em uma particular. 

Quase como um consolo (para ambas) disse para ela que eu tentava há anos, e que também não esperaria mais, faria também a faculdade particular. Foi aí que descobrimos que o curso era o mesmo, a faculdade a mesma, só os turnos diferentes. Ela saiu de lá dizendo que ia trocar a matrícula dele para o período da manhã, o mesmo que o meu, assim ele já teria alguém conhecido. Ela realmente achou que eu lembraria dele. 

Ela não estava errada.

Primeiro dia de aula, ansiosa, cheguei animadíssima na faculdade. Dei de cara com ele, o filho estudioso daquela senhora. Lembrei, lógico, aqueles cachinhos não passariam despercebidos. Foi ali, ou talvez antes, que começou nossa ligação.

O filho era realmente simpático, realmente estudioso e realmente cativante. Guilherme Lira, um carioca que entrou na minha vida para nunca mais sair. Hoje ele faz 24 anos, não tem mais os cachos, não usa mais aparelho, não faz mais trabalhos acadêmicos comigo, mas vive sua melhor fase, em todos os sentidos.

Desde aqueles primeiros dias de convivência tinha certeza que seria para sempre. Tenho por ele o amor de uma irmã, a preocupação de uma mãe e a cumplicidade de uma melhor amiga. O que somos um para o outro não se explica, não se entende, a gente vive, e para nós basta. 

Nossa noite. Jornalistas!

Gui, sabe que um abraço no dia de hoje seria ideal, a distância não vai permitir, mas sabemos que isso é apenas um detalhe. Parabéns. Que esse, e todos os anos da tua vida sejam cheios de energia, amor, sucesso, cada vez mais realizações. Sabe que estarei sempre contigo. Te amo! Feliz aniversário!




3 comentários:

A Raça disse...

Quem é que está chorando agora, hein??? Um monte! (Preciso trabalhar menina... hahah) Te amo, Aninha! Muito obrigado... não por estas linhas, mas por tudo o que está descrito nela, ser verdade.

Saudade, saudade, saudade!!!

Claudia Roennau disse...

IPI IPI URRAAAA...

parabens pro lindaooo.... :)

heheheh

beijos

margareth disse...

Eu já te falei que escreves muitooo bem,e com essa emoção toda então...,conseguice te superar.Linda declaração de ammizade .