domingo, 29 de maio de 2011

Um achado, que não estava perdido

Ano passado, antes de vir para Bogotá, escrevi um texto que já tinha esquecido. Acabei de achar em outra publicação...

Vários nomes, uma só

Pensar já foi uma atividade reconhecida como esporte? Quando for, terei índice olímpico, certeza. Definitivamente eu penso bastante, em tudo. E não acho isso um privilégio, na verdade, acho bem cansativo.

Já acordo imersa em teorias, ideias, problemas – as vezes solução - , na maioria das vezes só divagações mesmo.

Estava parada agora, esperando uma amiga, foi quando outra me ligou. Depois de desligar o telefone fiquei, adivinhe, pensando...

Cheguei a conclusão que uma pessoa poderia medir seu grau de felicidade pela quantidade de formas pela qual é chamada. Observe meu caso: Nome composto Ana Paula. Segundo relatos familiares esse foi o nome escolhido para mim, desde sempre. Sendo assim, já nasci Paulinha. O nome mesmo, só era chamado quando sucedido de uma bronca, daquelas que o pai dava. “Ana Paula, vem aqui”. Pronto, era para dar explicações.

Lembro que de Ana, só minha vó paterna me chamava. Moramos longe durante toda infância, ela era uma figura quase estranha para mim, ainda mais por me chamar de um jeito diferente de todos os outros.

Paulinha era tão meu nome, que me apresentava com ele. “Como te chama? Paulinha, respondia. Na adolescência não foi diferente. Só ouvia Ana Paula na hora da chamada. Foi quando algumas pessoas começaram a me chamar de Paula, como meu namorado – hoje marido – por exemplo.

Porém, mudança mesmo, foi quando entrei na faculdade. A faculdade foi um ambiente muito acolhedor, foi lá que passei a ser Ana. E me identifiquei. Tornou-se tão macio nos meus ouvidos, me trouxe tanta identificação que há quase cinco anos, sou Ana.

Assumi para mim a personalidade dessas três letrinhas. E depois disso passei a ser chama também de outras diversas maneiras. Tem uma que chama de Mana, outro de NaPaula, para outra sou Vida, atendo por POP e também Chu. E tem um que gosto bastante é o Aninha. Não adianta, o diminutivo não me abandona.

Percebi que cada amigo encontrou seu jeito personalizado de me chamar. São todas formas carinhosas e pessoais que me identificam. O que posso concluir é que tenho muito orgulho de colecionar nomes. Sinal de que tenho muitos amigos, e com cada um deles um estilo de ligação.

Ah, não posso deixar de citar o anapaulag, esse foi escolha minha. Me identifica virtualmente. É a identificação virtual é algo considerável para mim.

Daqui algumas semanas vou ouvir meu nome, aquele da certidão de nascimento, com sotaque espanhol. Só espero me acostumar, logo, e não deixar de ouvir nunca todos aqueles que já conheço.

Um comentário:

Mike disse...

ah muito legal fiquei pensando nos meus muitos nomes, Mikaelly só mesmo pra tomar bronca kkkk familia é td igual...boa semana