Hoje não tem título

Mais de uma semana sem escrever, isso só tinha acontecido antes nas férias de 5 meses... Semana difícil. Além de ter que fazer algumas decisões profissionais, que me fazem pensar incessantemente nos prós e contras, fiquei sem computador de novo. Agora quem resolveu avacalhar comigo foi a tela, que antes parecia ter Mal de Parkinson, ficava tremendo o tempo todo. O tremelique se transformou em uma tela cinza que me impede de usar o notebook.

Enfim, espero ter uma semana melhor.

Garçom!! Eno Guaraná, urgente!

Nosso sábado foi de cometer um grave pecado capital. O escolhido poderia ter sido a preguiça, mas foi a gula. Toda nossa programação envolveu comida. Esse final de semana o Alimentarte ofereceu comidas colombianas, oportunidade de provar coisas que ainda não tinha comido.

Bilheteria do festival gastronômico

A primeira coisa que experimentamos foi a mazorca, uma espiga de milho parecida com aquelas que vendem na praia só que com grãos maiores. Elas são assadas na brasa e ficam com cara de queimada, mas com gosto bom.

Depois do milho foi a vez de encarar a lechona. É um prato vendido nos mais diversos lugares, de restaurantes a carrinhos nas ruas. Olhando a bichinha, geralmente com cabeça e tudo, dá pena de comer... mas sem olhar a gente nem lembra. O prato é feito com uma leitoa virgem, ou um leitão castrado, que tenha menos de 1 ano de idade e que pese no mínimo 25kg ainda vivo. A carne é misturada com arroz e especiarias, essa mistura recheia o bichinho que fica assando por no mínimo 12 horas. Eu que sou assumidamente chatinha para comer afirmo: Só comendo para saber como é gostoso. Lógico que não é para comer todo dia, porque é um prato pesado, mas uma vez na vida não deve causar muitos danos cardiovasculares.

Porção de $10.000, como sempre não consegui comer tudo

Junto com o lechona o prato oferece um chicharón e uma arepa, que dispensei sem pensar duas vezes. O primeiro é um baconzitos grande, o segundo uma... uma... arepa. Hahaha, fiquei aqui pensando em como definir, com o que comparar, mas posso dizer que é uma massinha de forma redonda que é feita de farinha de milho que pode ser servida natural ou com recheios ou coberturas. Os três são alimentos típicos daqui, e juntos se transformam em mais um prato que não consegui comer todo.

Depois do almoço fomos fazer compras. Dessa vez bem alimentados compramos só o que tinha na lista, nada de besteiras. Aproveitei para comprar espinafre e fazer um souflé de legumes essa semana. E foi o espinafre do Popeye, o marinheiro que fica forte ao comer a erva.

Depois do mercado um tempinho em casa esperando a hora de ir para um dos melhores restaurantes de Bogotá, o Tanoshii. Semana passada descobri por acaso que o espaço oferece o sistema "all you can eat", que em bom português significa tudo que você conseguir comer. Para orfãos de rodízios e festivais como a gente, comer sushir assim é uma conquista.

O menu liberado funciona nas quintas, sextas e sábados das 18h às 21h e custa $49.000. Oferece sushis, niguiris, sashimis, sopas e alguns pratos quentes, quem não come sushi também pode aproveitar. Tem também um menu de drinks 2 por 1, pede 2 doses e paga $23.000, bebidas com martini ou vodka. O restaurante fica dentro do Hotel Marriott, Av. El Dorado # 69 B - 53.

Fiquei tão emocionada por comer sushi a vontade que esqueci de tirar foto dos pratos. Depois foi a distração com a conversa com nossas companhias Anny e Pinheiro, fotos serão tiradas da próxima vez. 

Resultado desse dia pecador: Eno Guaraná para aguentar, porque olha, comi! Orgia gastronômica super recomendada, mas sem cometer excessos por uns 39 dias depois disso.

Independência Colombiana

Ontem foi "7 de Setembro" em Bogotá, dia do Grito da Independência Colombiana. Para informações mais detalhadas indico a leitura do post da Leandra (eu tô realmente com preguiça de escrever, e neste momento não tenho nem vergonha de confessar isso...).

Dia 20 de Julho é um dos poucos feriados que não são transferidos para a segunda-feira posterior, como a maioria dos feriados religiosos daqui. Ontem então desfrutamos de mais um festivo. Ao acordar fiz o que faço todos dias, abri a janela do quarto para saber como estava o dia e vi que cada um dos prédios da minha rua tinha uma bandeira da Colômbia hasteada na fachada, achei muito patriota. 

Quase não dá para ver, mas as bandeiras estão aí na foto

Íamos almoçar no Alimentarte de novo, mas começou a chover e fomos almoçar no Andino. Esperando o ônibus na Carrera 7ª, pudemos acompanhamos um pouquinho do desfile de alguns veículos do Exército Colombiano. Provavelmente eles passam pelas principais avenidas. Foi o mais próximo que já cheguei de um carro de guerra.

No Parque El Virrey, onde fomos comer a sobremesa, já que tinha parado a chuva, encontramos o Simon Bolivar, um dos personagens do evento histórico comemorado ontem e herói na América Latina.

Artista representando o revolucionário Simon Bolivar

Fiz esse post bem meia-boca só para usar o vídeo, que mostra um pouco da Kr 7 e um pouquinho da carreata em homenagem ao dia de comemoração histórica. Estou sofrendo com minha primeira gripe em Bogotá, então só quero ficar quentinha e assistir a novela. Espero que o remédio faça efeito e que no final de semana eu esteja renovada.

Comida e amigos, o bom do domingo

Nosso plano de almoçar no Parque El Virrey, para aproveitar o Festival Alimentarte e assistir o jogo da Seleção, foi executado, porém com sucesso só na primeira parte. Encontramos vários amigos que também foram aproveitar o domingo de sol. São muitas opções de comida, principalmente de restaurantes orientais e espanhóis.

Entre tantas variedades escolhemos um crepe de pechuga de pavo con queso holandes do Crepes & Waffles, uma delícia! Depois de almoçar sentamos para assistir o jogo. Parecia tão melhor que o da semana passada, mas não foi o suficiente.

Assistimos perto do telão, que dava para ver melhor. A Andréa, o Josué e a Maria Eduarda assistiram com a gente, ou melhor, sofreram ao nosso lado. Só mesmo tomando um chimarrão para lembrar da minha mãe, da Dinha, da família do RS e aliviar um pouco a tensão do jogo.

O maior grupo de brasileiros ficou um pouco mais longe, em uma área mais espaçosa. Na hora do intervalo fui até lá para conversar e tirar umas fotos. Nessas ocasiões sempre conhecemos brasileiros, aumentando nossa rede tupiniquim. Hoje fiquei particularmente feliz porque algumas meninas me perguntaram se eu era "a blogueira", achei bem legal, afinal meu blog serve justamente para falar sobre a cidade e como é viver aqui.

Durante a prorrogação o domingo mudou de cara, esfriou, começou e chover e o resto, bom o resto não preciso nem detalhar, foi aquele vexame inacreditável, coisa que nenhum brasileiro tinha visto, e esperamos não ver novamente... Uma desclassificação da Copa América tão vergonhosa e atípica.

A parte realmente boa do domingo foi o passeio. Quarta-feira ainda tem mais um dia de evento, com pratos internacionais. Para comprar nas barraquinhas precisamos comprar bilhetes com valor para pagar pela comida. Os cupons são vendidos nas bilheterias espalhadas pelo parque (eles aceitam cartão de crédito, débito e dinheiro), se o valor do prato escolhido for menor do que os cupons eles dão troco também em bilhetes, como se fosse dinheiro mesmo. 

Não usamos todo o valor que compramos, então quarta-feira (que é feriado) devemos voltar lá para mais uma voltinha. E no próximo final de semana é a vez das comidas típicas colombianas, mas aí os bilhetes serão outros, valendo para os dias 23 e 24. Vale a pena conhecer.

Agotada, pero contenta

Sexta e sábado foram dias de ter vontade de dormir às 20h (coisa que só faria se estivesse doente...) foram bastante cansativos, mas proveitosos. Sexta fui conhecer mais uma área de compras em Bogotá, San Jose, um San Andresito de roupas, bolsas e calçados, que fica na Kr 21 com Calle 10.

Quem me levou foi a Paula, que conhece vários desses lugares de consumo. E antes de irmos para lá almoçamos, com a Channa, no Sopas y Postres. Primeira vez que fui e gostei bastante, recomendo o Nachos Mixtos, um prato bem servido, bem gostoso e de preço bem honesto.

Depois do almoço batemos perna pelos centros comerciais de San Jose (dá vontade de comprar pelo menos uma coisa em cada loja). 

Paula, amiga que conhece cada cantinho desse bairro

Em todos lugares vemos bandeiras dos países que participarão
do Mundial Sub-20 de futebol

Depois de voltar de San Jose fui ao Éxito para comprar os comes e bebes para o Chá de Casa Nova da Mila. Cheguei em casa passava das 19h, na "capa da gaita" como dizem os gaúchos, cansada MESMO. Fui dormir relativamente cedo, 4h20 da madrugada acordei. Comecei a pensar nas coisas que tinha que arrumar e preparar para o chá. Foi o suficiente para perder completamente o sono e ficar revirando na cama até amanhecer. Passava das 6h quando voltei a dormir. Acordei com a Mila tocando o interfone 9 e pouco, quando já deveria estar de pé.

Decoramos a sala, fiz a sobremesa, organizamos os comes e bebes, nos arrumamos e recebemos as convidadas da Mila. Infelizmente nem todas puderam vir, algumas viajando, outras com compromissos, mas mesmo em poucas meninas nos divertimos e conversamos bastante.

Uma das alunas da Mila, a Yusleni, é professora de dança do ventre. Todas adoraram a ideia de aprender a dançar. Na hora ela colocou uma música e fez todas mexerem os quadris ensinando uns movimentos básicos. Foi ótimo!

Mais uma tarde em Bogotá para ficar registrada. Agora, ainda mais cansada que ontem, estou aqui pensando que quem faz o lugar e o momento serem agradáveis somos nós. Se é em Bogotá que estamos, é aqui que temos que fazer tudo para escrever boas histórias.

Convite duplo (comida e futebol)

Para alívio geral da nação (incluindo os expatriados*) a Seleção Brasileira resolveu jogar um pouquinho ontem e garantiu a classificação para a próxima fase da Copa América. Sendo assim, domingo joga novamente contra o Paraguai. Excelente oportunidade de voltarmos ao Parque da 93 para assistir mais um jogo na pantalla gigante. O jogo será às 14h.

Neste final de semana também começa o Alimentarte 2011, um tradicional festival gastronômico realizado no Parque El Virrey. Nos primeiros dias do evento (16, 17 e 20) será o El Mundo con Boca, quando os restaurantes irão oferecer comidas de outros países. No próximo final de semana (22 e 23) é a vez do Colombia si sabe com comidas típicas da Colômbia. Ah, e dia 20 é feriado aqui, por isso a primeira parte do encontro será no sábado, domingo e quarta-feira.

A ideia que surgiu com esses dois eventos foi: Almoçarmos no Virrey (que fica na Kr 15 com Calle 88) e depois vamos para o Parque da 93 (poucas quadras a frente) para assitir o jogo. Mais um convite para reunir a brasileirada!

 - queria muito dar o crédito pro fotógrafo,
mas não tinha no site de onde peguei empresatada a foto -

Da outra vez foi bem legal, vamos tentar reunir mais gente desta vez. Fazer uma bagunça, e uma torcida, maior! Quem não quiser almoçar no festival encontra a gente no Parque da 93. Não é difícil nos achar, e quem precisa de óculos (né dona Andressa?) favor ir devidamente paramentado.

*Expatriados: é a situação de quem está trabalhando fora de seu país de origem. Parece que fomos excluídos do Brasil, a palavra poderia ser outra, mas essa é a utilizada, então só nos resta não levar ao pé da letra. Inclusive esse foi um dos assuntos que conversamos ontem lá no encontro das BBB's.

As que mais falam do que escrevem

Esse foi o compromisso de hoje. Se bem que, compromisso parece uma palavra que lembra coisas sérias, as vezes chatas, e a tarde que passamos hoje foi excelente, completamente diferente de algo feito por obrigação.

O convite, e o banquete, foi feito pela Jaciara, uma mulher que me conquistou no primeiro sorriso. Brasileira, morando fora do Brasil há 15 anos, é uma anfitriã bastante generosa. Ela preparou um chá/café/buffet delicioso.

Ela faz parte do Grupo Aquarela, ainda não a conhecia pessoalmente, mas outras amigas falavam de mim para ela e dela para mim. Ela também tem blog, o Luz da Lua, e reuniu hoje as meninas que blogam por aqui. As que não estão no Brasil de férias compareceram: Andresa, Leandra, Renata e eu. 

Chegamos no meio da tarde e ela já nos ofereceu algo que nunca tinha bebido Mimosa, é um cocktail feito de champanhe e suco de laranja. Ela disse que conheceu no México, e que gosta bastante, também gostei. A garrafa da bebida é vendida pronta, não precisa misturar o espumante com o suco.

Achei muito chique ser recebida com uma tacinha para brindar o momento. E aí, com drinque na mão, cinco mulheres reunidas não resta muito além de conversa, conversa e muita conversa. Depois passamos para a linda mesa de café. Jaciara caprichou mesmo. O banquete encheu os olhos, e a barriga. Foi ótimo!!

O papo rendeu até quase 19h, eu estaria lá até agora... conversa enriquecedora, muitas experiências, enfim, do jeitinho que eu gosto! Tiramos fotos com a câmera da Jaciara, assim que ela postar no Facebook trago para o blog.

Obrigada Jaciara, foi uma tarde muito agradável.

Geração do Milênio

Desde o começo da juventude percebo minha ansiedade em conquistar as coisas. Em querer fazer parte de algo importante, de ser lembrada e fazer diferença, principalmente no lado profissional. As vezes sinto que estou estagnada, mas na realidade estou adquirindo conhecimento e bagagem (uma das minhas professoras mais queridas da faculdade, a Daniela Pistorello, vivia falando em bagagem cultural, quero ter cada vez mais excesso dessas "malas").

Acabei de assistir, através de um link no Facebook, um vídeo maravilhoso, que fala sobre as gerações de jovens das últimas décadas. Sei que não estou sozinha nessa angústia, e sofro dessa ansiedade crônica que é citada no filme.

A descrição no Vimeo é esta: O filme 'We All Want to Be Young' é o resultado de diversos estudos realizados pela BOX1824 nos últimos 5 anos. A BOX1824 é uma empresa de pesquisa especializada em tendências de comportamento e consumo.

Este filme possui licença aberta pelo Creative Commons.

Roteiro e direção: Lena Maciel, Lucas Liedke e Rony Rodrigues.

O que eu destaquei do texto foi: No final, ser jovem é sexy e divertido, mas é muito mais que isso, vem com perguntas e grandes ambições. Se você acha que já sabe bastante e está em paz com seu espaço no mundo, então, parabéns! Você está oficialmente morto!

Mais do que nunca, para entender o mundo é preciso entender esses jovens. Que são catalisadores das grandes mudanças. E há um bônus: Entender a evolução do mundo é uma busca que pode nos manter jovens para sempre.

Agora cada um assiste e destaca o trecho com o qual mais se identificou.

Brasil il il en la pantalla gigante

A tarde no Parque da 93 teve sol, sorvete, risadas, muita conversa, teve gol também, só não teve vitória do Brasil para ficarmos bem satisfeitos. Durante a semana fiquei sabendo que os jogos da Copa América estão sendo transmitidos em um telão, en la patalla gigante. Fiz um post sobre isso e chamei os brasileiros para irem lá assistirem o jogo com a gente. 

Eu e o Isac almoçamos no Archie's e depois fomos procurar um puff para assistir o jogo confortavelmente. A Nadia e o Eduardo já estavam por lá. Logo depois chegou a Mila, em seguida a Channa, o Anderson, o Daniel e o Davi, família completa!

Sabem como é, onde brasileiro se junta tem risada, a gente fala alto, conversa e se diverte. Não fugimos da regra e nossa tarde começou bem animada. O jogo começou, a animação com ele não continuou tão evidente, porque afinal nossa Seleção não tá ajudando muito...

Por outro lado o papo continuou... De jogo eu nem vi muita coisa, fiquei conversando com a Channa, ela ficou uma semana fora, tínhamos alguns assuntos para botar em dia. Aos 35 minutos de jogo chegaram também a Andresa, o Anderson e a Amanda, aí completamos o grupo de amigos. Aos 39' o Brasil fez o primeiro gol. Bem na hora que o Anderson passava para sentar ao nosso lado. Eles deram sorte!

Comemoração do Daniel e do Anderson (marido da Channa)
e a perna do Anderson (Marido da Andresa)

Acho que em Floripa nunca assistiria um jogo assim, em um parque

Com o fim do primeiro tempo a mulherada foi pro Crepes & Waffles comprar a sobremesa, o melhor sorvete da cidade!!!

Para mí cono con dos sabores Arequipe y Yogurt con Frutos Rojos 

A maioria dos puffs estava ocupada, achei que tinha bastante gente

A volta para o segundo tempo  e o gol do Paraguai logo no começo desanimou mais ainda. Ver o Brasil deixar a Seleção deles empatar assim foi duro. Quando saiu o segundo gol e percebemos que a maior parte das pessoas ao nosso redor estava torcendo para o Paraguai (ou contra o Brasil) senti como é estranho estar fora do nosso país, onde não são todos que estão torcendo juntos.

Para nossa sorte o Brasil conseguiu empatar nos 44' do segundo tempo, fazendo os brasileiros vibrarem e respirarem um pouco mais aliviados.

O instrutor de capoeira Pé Petro, o Johnata Santos, comemorando o gol

Na hora da comemoração virei para trás para ver quem também estava vibrando e tirei essa foto. Depois do jogo perguntei se poderia usar a imagem e conversei com o Johnata Santos, ele é instrutor de capoeira e veio participar de um evento da prática esportiva em Bogotá. Amanhã ele volta para o Brasil, eu disse para ele que aquele grupo tagarela que estava a sua frente era de brasileiros que trabalham e moram aqui, também disse que se um dia voltar deve entrar em contato para darmos umas voltas pela cidade.

É interessante essa relação de querer receber e ciceronear todos brasileiros que encontramos pela cidade. Isso deve acontecer com todos que estão espalhados por todos os países.

Depois do jogo outra equipe que estava gravando matéria veio conversar com a gente. Outra porque já é a segunda entrevista que damos. A primeira foi na Maloka no evento do Mundial Sub-20. O Isac, além de entender bastante de futebol já está falando muito bem español, fica facinho. Já eu, mesmo dizendo que meu español é só para não se perder e não passar fome, não sou liberada da missão.

Quando eu percebi o microfone já estava na minha mão e eu respondendo as perguntas. A matéria vai passar no canal Telmex Eventos na segunda-feira às 18h. Não vamos assistir porque não temos o canal, mas é mais um registro de nossa passagem pela Colômbia.

O jogo não foi lá essas coisas, foi na realidade um sufoco que a gente não queria ter visto. Encontrar os amigos e passar uma tarde tão legal foi excelente! Lo pasamos rico!!

"A la ordem"

No próximo sábado, dia 16, vamos fazer o Chá de Casa Nova da Mila aqui em casa, por aqui chamam de shower. Hoje saímos para comprar as decorações e lembrancinhas. Nosso destino foi San Victorino, um local com centenas de lojas com artigos de festas, fantasias, balões, máscaras, todas aquelas coisas que compramos na época de carnaval, festa de formatura ou casamento. 

Desde o momento que descemos do TransMilenio já começamos a ouvir "Lo que buscan???? Piñatas?? Artículos para piñatas?!?!?!?!?" E foi isso durante o caminho todo. Mila me explicou que piñatas são festas para crianças e adolescentes, feitas à tarde. Dando um Google básico achei a informação de que a principal atração dessas festas são aquelas estruturas confeccionadas para colocar doces dentro e ficarem penduradas esperando uma criança vendada tenta romper a piñata para liberar as balas que estão dento.

Eu já vi isso em diversos filmes americanos (novidade eles se inspirarem em algo da cultura estadunidense ¬¬) no Sul do Brasil as festas costumam ter balões bem grandes que também são cheios de goluseimas, em determinado ponto da festa as crianças são reunidas embaixo do balão, um adulto estoura e aí voa criança, bala, pirulito, sapato, irmão mais velho, vó e tia todos no chão catando as coisas. A Mila disse que no Nordeste também já viu as pinãtas, mas não lembra o nome que é dado por lá.

Mas, como o que a gente procurava não tinha nada a ver com isso fomos olhando de loja em loja para achar balões de coração, pratos e copos descartáveis bonitos, algo para enfeitas as mesas e por aí vai. Como em todos lugares de comércio, principalmente os populares, muitas pessoas ficam pela rua entregando cartões e folhetos com indicação das lojas. A gente chega a se sentir perseguida, porém entende que é a forma comum de, digamos, publicidade dos negócios. Isso acabou funcionando, foi seguindo um desses que chegamos em uma loja e compramos a maioria das coisas que a Mila queria.

Uma das ruas de San Victorino com seus produtos coloridos

Depois andamos em mais algumas lojas procurando embalagem para as lembrancinhas e achamos uma loja incrível (que nada tinha a ver com o evento...) que vende aqueles adesivos para decorar a casa. Um mais lindo que o outro. E cartelas com um preço super camarada, porque em lojas de shopping é bem carinho.

Mila encantada entre tantos adesivos bonitos

Não compramos nenhuma cartela, eu porque não posso colar no ap alugado, mas quando for para minha casa de novo com certeza vou levar alguns. Ah, e quem quiser comprar, mas não puder ir até lá encomenda com a gente que vamos lá buscar, afinal a região é mais popular e exige atenção para andar com segurança, nada fora do comum, mas ir de carro ou com criança parece um pouco complicado, como as mocinhas destemidas aqui já estão acostumadas a andar de ônibus fica mais fácil.

Foi mais uma experiência bem legal de conhecer outra parte de comércio dessa cidade tão grande e ouvir vários "a la ordem", que é a frase mais falada pelos vendedores por aqui.

Futebol no parque

Os colombianos gostam bastante de futebol, assim como os brasileiros, não são todos, mas uma grande parte. Cada dia é possível ter mais certeza disso. O canal aberto Caracol tem um programa chamado Gol Caracol que não tem dia nem hora certa, é apresentado sempre que algum jogo é considerado importante. Diversas vezes já vi jogos da europa e até amistoso da Seleção Brasileira.

Com o início da Copa América todos os jogos estão sendo transmitidos. A narração é engraçada, as expressões em español sempre me fazem rir. Consultei meu consultor para assuntos futibolíscos, o Isac, sobre alguma para exemplificar e ele lembrou da "pelota quieta" que é quando a bola está parada para cobrança de uma falta. Tem várias outras, só assistindo para lembrar de todas.

Outra prova de que o povo daqui é ligado no esporte são ações como Fútbol al Parque.

Um telão foi instalado no Parque da 93 e transmite os jogos da Copa América. Eu trabalho pertinho do parque e passo por ele todos os dias para voltar para casa. Na quarta-feira passada vi que estavam montando uma estrutura metálica, mas nem imaginei para qual finalidade. Hoje o Renee Bertoletto, um dos membros do grupo do blog no Facebook, falou sobre o telão. Disse que no domingo vários brasileiros se reuniram lá para assistir o jogo do Brasil. A Dessa Darke, que também é brasileira, disse que desde a Copa o telão é atração no parque. Achei a ideia fantástica! 

O parque é lindo e sempre bastante movimentado. Agora que estamos no verão é comum ver várias pessoas deitadas na grama, pegando um solzinho e conversando. Muitas crianças brincando também. Hoje depois do trabalho passei por lá e registrei, em frente ao telão estão vários pufs disponíveis para o pessoal sentar e assistir aos jogos, realmente demais! Os bogotanos são muito de rua, essa ação é ótima por isso, reúne as pessoas e disponibiliza entretenimento, já sou fã!

Na hora que fiquei sabendo pensei: Vamos chamar a brasileirada toda para assistir o jogo Brasil x Paraguai no sábado! Vai ser às 14h, acho uma oportunidade bem legal para fazer uma festa bem verde e amarela (independente do desempenho da nossa Seleção...). 

Então, vamos? O convite está feito, nós vamos!

Aerosmith #NósVamos

Logo que chegamos aqui em maio ficamos sabendo do show da Aerosmith, que será dia 3 de novembro. Quando ouço a banda, assisto clipe, fico sabendo de show ou vejo o Steven Tyler no American Idol só consigo lembrar de uma pessoa: Claudia Roennau, a Dinha.

Não é novidade falar dela aqui no blog, afinal, somos amigas há só 24 anos (velhas)... Nos conhecemos em 1986, quando fui morar em Floripa. Depois disso não nos separamos mais. Nem quando voltei para Porto Alegre em 1999 e muito menos com minha vinda para Bogotá. Vale registrar que conheci o Isac por causa dela, não é a toa que nos chamamos e nos consideramos irmãs de verdade. Nossa ligação é absurda, inexplicável.

Aerosmith é a banda favorita da Dinha, não conheço ninguém que goste mais deles do que minha amiga. No dia que vi o cartaz do show em um muro da Kr 11 tirei foto e mandei pra ela na hora, pelo celular (abençoado WhatsApp). O convite foi inevitável: Vem para cá assistir o show comigo!!!

Cartaz que vimos durante uma caminhada pela cidade

A ideia era ótima, mas parecia um sonho nosso. Essa conversa foi no dia 28 de maio, falamos disso durante aquela semana e depois nunca mais. Até que, no sábado, dia 2 de julho, o assunto foi novamente conversado. A sogra da Dinha tem milhas que irão vencer em novembro, elas seriam perdidas porque a Magali não tem planos de viajar até a data limite. Pensando nisso a Dinha conversou com ela, falou sobre o sonho de assistir o show, de me visitar e perguntou, afinal perguntar não doi, se ela trocaria passagens para ela vir para Bogotá. Presente concedido, a sogra liberou as milhas e os planos começaram a dar certo.

Meu medo era de que não tivessem mais ingressos, já que ano passado se esgotaram em muito pouco tempo. Como o universo está do nosso lado encontrei entradas, 2º lote. Comprei!! 

O sonho agora é realidade. Vamos assistir juntas o show que a Dinha mais quer assistir na vida. Hoje tive uma surpresa ao ler uma mensagem dela no Facebook que dizia:

"foi aqui q minha vida começou com aerosmith... Ana Paula Gonçalves estavamos la em jaragua e trouxemos o cd da prima e ouvimos juntas ainda... nossa historia começou aqui..."

A mensagem foi acompanhada do clipe Crazy.

Sempre soube que ela adora a banda, mas não lembrava que foi assim que o amor começou, após uma viagem nossa com um CD emprestado. Realmente, assitir esse show juntas vai ser bastante emocionante. Agora é contar os dias e esperar para esse momento inesquecível!!

Incompleta, mas feliz

Online, foi assim que passei a maior parte do dia. Disponível para conversar, passar o tempo todo no Facebook, ler os blogs que sempre lia, enfim, de ter minha relação habitual com a internet.

Desde o dia 16 de maio estava sem meu computador. Chegamos aqui e ele se recusou a funcionar. O Isac acredita ter sido obra de um vírus. Esse maldito intruso acabou com dez anos da minha vida que estavam guardados em um HD. Fotos (muitas fotos), vídeos, músicas, séries, filmes, documentos, TODOS trabalhos da faculdade... tudo, tudo que eu tinha em forma virtual desde quando passei a ter um computador. Tentamos recuperar, por enquanto não tivemos sucesso... Sei que não ter cópias, um HD externo, centenas de dvds gravados e qualquer outra alternativa de fazer backup é um erro. Um erro grave, mas sou capaz de apostar que menos de 20% dos meus amigos fazem backup.

Foi um erro, dizem que a gente aprende com eles. Eu aprendi. Vou passar a fazer cópias, mas agora pouco importa, tudo que eu tinha parece ter se perdido (sim, estou sendo dramática porque é muito triste). 

Desde maio tenho usado o computador do Isac, dividia com ele o tempo e o espaço, conseguimos conciliar bem isso, mas uma hora cansa. Ele quer ler todas notícias sobre o Avaí, tem as opções de lazer dele (todos aqueles joguinhos do FB) e eu querendo assitir os vídeos do Tricô das Mina, enfim, cada um tem o direito de usar a internet como achar melhor. Ontem à noite compramos um HD novo. Foi instalado no meu note e tenho novamente meu computador. Disse para o Isac que me sentia completa de novo, quando ele observou "quase completa"... Verdade. Completa eu só estaria com todos meus arquivos novamente. Vai que aparece algum especialista disposto a recuperar minhas coisas, ficarei bem feliz!!

Por enquanto somos eu e meu computador que sofreu transplante de cérebro, e para mim já está bom. Quem quiser mandar os episódios do House (a partir do 11 da 6ª temporada) sinta-se a vontade hehehe (tô brincando, eu vou baixar tudo de novo...).