domingo, 24 de abril de 2011

Viva o intercâmbio de jogadores

É de conhecimento geral que o futebol brasileiro é o melhor de todos os tempos. Prova disso são os jogadores do Brasil que estão espalhados pelos mais diversos clubes do mundo. Porém aqui em Floripa, no time do Avaí, um colombiano tem reforçado o time desde o começo deste ano. Estrada é o nome dele. Tem 28 anos, nasceu em Medellin e jogava no Los Millonarios em Bogotá. O time da capital bogotana também é azul, várias vezes ao sairmos com a camisa do Avaí nas ruas de Bogotá gritavam "Millonarios" para nós.

Zunino, presidente do Avaí, e Estrada, o jogador colombiano

No jogo de hoje Figueirense x Avaí, pelas semi-finais do Campeonato Catarinense, o Avaí precisava ganhar para continuar na disputa pelo título do estadual. A rivalidade, assim como em todos os clássicos, é ingrediente indispensável. Como o jogo foi no estádio do Figueirense a responsabilidade era ainda maior.

O Estrada já começou o jogo em campo, geralmente o técnico coloca ele mais no final da partida. Aos 17' do 2º tempo veio o segundo gol do Avaí, feito por ele, garantindo assim a vitória de 0 x 2 no clássico, a classificação para a final do segundo turno e a festa avaiana.

O vídeo, da equipe do canal Rádio Avaí que achamos no YouTube (já que hoje assistimos o jogo em casa), mostra a cobrança do escanteio que resultou no gol de cabeça do colombiano.



Tive a oportunidade de ver o colombiano jogar na quarta-feira, quando fomos assistir o jogo Avaí x Botafogo, pela Copa do Brasil, na Ressacada. Jogo sofrido. O Leão precisava de um empate para garantir a classificação inédita para as quartas-de-final na competição nacional. O Botafogo fez um gol aos 27' do segundo tempo, a partida já estava terminando quando o Estrada foi para o jogo, de cara pro gol ele caiu na área, o juiz marcou o pênalti, o Willian cobrou a falta, o Avaí empatou, a classificação foi conquistada e mais uma vez a festa avaiana realizada.

Estrada, de mão na cintura e chuteiras amarelas, no aquecimento antes de entrar no jogo

Como foi um pênalti consegui filmar o gol e a comemoração da torcida nas arquibancadas do estádio. Para quem gosta de futebol a emoção de assistir um jogo em campo é indescritível, ainda mais quando o jogo é decisivo.



Temos planos de assistir alguns jogos da Copa do Mundo Sub 20, que neste ano será na Colômbia. Está na agenda, agora vai passar para etapa do planejamento. Viva o futebol e o intercâmbio de jogadores pelo mundo.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

¿Vamos tomar un tintico?

Desde o começo do blog fico feliz com comentário de meninas que também estão indo morar, ou já moram, em Bogotá. Procuro responder o mais rápido possível e manter contato. Gosto muito conhecer pessoalmente outras brasileiras que estão na mesma situação que eu. 

Hoje fiz um levantamento dos comentários e cheguei a soma de dez leitoras que encontraram o blog, geralmente pelo google, com quem mantenho contato e que espero conhecer em breve.

Anna Claudia Chaves, Andresa Cunha, Channa Albertini, Denise Paula, Leandra Felipe, Lilian Antunes, Mila Freire, Mike Castro, Nadja Ferlin e Sheila Nogueira são as companheiras de aventura. 

A primeira a se manifestar foi a Andresa, que conheci ainda no Brasil. Depois, já em Bogotá, foi a Mila e em seguida a Channa. Amigas de quem sinto falta agora. Anna Claudia talvez conheça mais pro meio do ano, quando ela sair de Barranquilla para a capital. A Mike provavelmente seja a única que demore um pouco mais, já que mora em Cali, mas quando formos conhecer a cidade espero nos encontrarmos.


Fazendo essa lista pensei em reunir todas em maio, quando eu já estiver de volta, assim nos conhecemos ao mesmo tempo, serão mais histórias, mais risadas, mais troca de experiência e uma rede de contatos ainda maior para cada uma de nós. 


Por enquanto é uma ideia, assim que formos nos falando vamos planejando para que nosso encontro realmente aconteça.

A Lilian e a Sheila devem chegar na Colômbia no segundo semestre, e com certeza vamos recepcionar com o maior carinho.

Obrigada por todos comentários e emails, sem dúvida juntas vamos fazer nossa vida em Bogotá ser mais divertida.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Auto-convencimento Parte 2

Einstein escreveu em sua Teoria da Relatividade que a medição do espaço e do tempo é subjetiva. Impossível não concordar. Dois meses podem representar muito ou pouco tempo, depende do que se espera nesse período. Para mim e o Isac foi tempo suficiente para gerar muita saudade. 

A burocracia colombiana nos manteve afastados mas, finalmente, nossa separação física foi resolvida e ele está em Floripa novamente. Devemos ficar aqui por mais uns dias antes de voltar para Bogotá.

Durante essas semanas (que seriam seis e se transformaram em 16) em Floripa consegui pensar bastante sobre toda a experiência que estamos vivendo. Primeiro foi inevitável não querer ficar no Brasil, voltar a trabalhar e viver uma rotina que já era minha até 2010. Depois esse sentimento foi substituído pela oportunidade de estar fora do Brasil. Lembrar de tudo que já tinha me convencido no ano passado (aprender outro idioma etc...). 

Nos últimos dias não vejo a hora de voltar para Bogotá. Agora com planos reais de trabalhar e ter uma vida útil. O que mais me desagradou nos dias em que estivemos na Colômbia foi o fato de não fazer nada profissionalmente, isso acaba comigo. Desta vez quero fazer as coisas de um jeito bem diferente.

Posso afirmar que estou com saudade de algumas coisas como tomar um bom café no Juan Valdez, de conversar com as amigas, ir ao cinema toda semana com promoção da tampinha de refrigerante e, surpreendentemente, até de caminhar mais, já que fazemos muita coisa a pé por lá. Só não tenho saudade de chuva todo dia.

Vamos passar a Páscoa aqui e depois voltar. E que chegue logo, detesto esperar pelas coisas.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Tudo que eu queria ler

"O advogado ligou hoje, papéis listos, vou lá hj às 16h"
Foi essa frase, recebida por email, que me devolveu a esperança de rever meu marido ainda essa semana. Depois de quase dois meses longe agora eu acredito que ele chega sábado em Florianópolis.

Em meio a toda burocracia colombiana os dias foram passando e a gente sofrendo, ele mais do que eu, afinal está sozinho. Mas agora já dá para dizer que nos veremos em menos de três dias.

O retorno para Bogotá ainda não tem data, mas isso é o que menos interessa. Quero sim voltar, já tenho planos para os próximos meses, mas o dia pouco importa, só quero estar com o Isac.